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Gerenciando bancos de dados na nuvem: o que você precisa saber

By 27 de outubro de 2017 No Comments
  • Autor: Thomas LaRock*
  • Fonte: SolarWinds
  • 26 de julho de 2017 às 08:41

 

De todos os aplicativos e infraestruturas que estão migrando para a nuvem, há um interesse especial no banco de dados

 

O último relatório de tendências em TI da SolarWinds revelou que 95% das organizações brasileiras migraram aplicativos e infraestrutura críticos para a nuvem nos últimos 12 meses, com cargas de trabalho de bancos de dados entre os três principais. O relatório descobriu não só que muitas organizações estão percebendo os benefícios da computação em nuvem (como economia, disponibilidade e escalabilidade), mas também que os ambientes de TI híbrida resultantes criam novos desafios. Na verdade, por classificação ponderada, o principal desafio criado pela TI híbrida é a maior complexidade de infraestrutura, seguido pela falta de controle/visibilidade do desempenho de aplicativos e da infraestrutura baseados na nuvem.

De todos os aplicativos e infraestruturas que estão migrando para a nuvem, há um interesse especial no banco de dados. Os aplicativos estão no cerne da empresa moderna, e os bancos de dados estão no cerne de todos os aplicativos. Como resultado, os bancos de dados em migração para a nuvem muitas vezes podem apresentar mais obstáculos do que o esperado. Para ajudar os administradores de bancos de dados (DBAs, Database Administrators) a se prepararem melhor para executar a migração de banco de dados para a nuvem, vou explorar o que eles mais precisam saber, começando com as considerações principais antes da migração.

Chegando à nuvem

Com uma variedade de parâmetros de aplicativos e dados a serem considerados, a simples chegada à nuvem pode ser um grande desafio. Há dois caminhos principais até a nuvem: primeiro, o clássico “lift-and-shift”. É aqui que os departamentos de TI transferem os dados atuais para a nuvem, o que exige pouca ou nenhuma personalização e arquitetura. O segundo caminho é um processo mais complexo, que exige que o DBA comece do zero e crie e personalize uma infraestrutura que atenda melhor às necessidades do banco de dados hospedado pela nuvem.

Cada caminho tem seus prós e contras. Por exemplo, apesar de o cenário de lift-and-shift parecer fácil, muitos fatores devem ser considerados para garantir que o desempenho dos aplicativos não seja prejudicado como resultado da transição. De maneira semelhante, sem o planejamento adequado, os DBAs correm o risco de dimensionar os servidores incorretamente ou de ter seu desempenho inesperadamente reduzido porque o banco de dados não é mais hospedado localmente. Na verdade, 30% dos profissionais de TI afirmaram que já migraram aplicativos de volta para o local por esse mesmo motivo.

No entanto, isso não significa que começar com uma infraestrutura nova para fins específicos é algo simples. Os DBAs ainda precisam determinar a melhor forma de migrar seus dados existentes e considerar o risco da perda de dados. Além disso, a arquitetura de nuvem de uma organização costuma ser projetada fora da influência dos DBAs, o que não é ideal. Os DBAs devem procurar uma função ativa no início do processo e, se não for tarde demais para isso, entender por que certas decisões foram tomadas e ser um impulso para a mudança, se necessário.

Isso ajudará a garantir que o Objetivo do tempo de recuperação (RTO, Recovery Time Objective) e o Objetivo do ponto de recuperação (RPO, Recovery Point Objective) sejam adequados para manter a proteção dos dados da organização. Por exemplo, eles devem ajudar a garantir que as replicações geográficas estejam instaladas para manter os aplicativos online em caso de interrupção.

O relacionamento com o provedor de serviços de nuvem e um conhecimento profundo sobre o SLA da organização também são importantes para que os DBAs tenham sucesso na era da TI híbrida. Não se esqueça de que alguns provedores de serviços de nuvem aceitam discos rígidos enviados, outros possuem conexões dedicadas de alta velocidade, e outros ainda oferecem orientações de arquitetura para atuar como “guias de migração de banco de dados”.

Desafios da nuvem
Depois que o departamento de TI migra um banco de dados para a nuvem, ainda há desafios associados com o gerenciamento e a otimização do banco de dados. Uma das coisas mais difíceis para os DBAs ajustarem é a falta de acesso local (o que se traduz em controle e governança) aos servidores em que o banco de dados está hospedado, já que agora eles estão fora do local. No entanto, trata-se de uma faca de dois gumes, pois com a perda de acesso local também elimina-se (em parte) a necessidade do gerenciamento diário dos bancos de dados. No entanto, a responsabilidade final pelo desempenho e pelo ROI ainda recai inequivocamente sobre o DBA.

Para isso, os DBAs devem conhecer todos os serviços oferecidos pelos provedores de nuvem; apesar de esses serviços serem capazes de ajudar no processo de gerenciamento e na otimização do desempenho dos aplicativos, a grande maioria dos serviços disponíveis para implantação indica que uma organização pode estar pagando por serviços que não são mais necessários.

Pense na infinidade de canais de televisão em HD disponíveis hoje. Há alguns anos, os consumidores pagavam para ter cerca de 15 canais HD específicos. Agora, o HD se tornou padrão e, com o surgimento de cada vez mais canais, os telespectadores estão pagando para acessá-los sem sequer se dar conta disso. O mesmo vale para serviços de nuvem.

Da mesma forma, para qualquer aplicativo ou carga de trabalho na nuvem, é essencial que os DBAs responsabilizem os provedores pelas métricas de desempenho descritas no SLA. Mesmo que, na computação em nuvem, uma carga de trabalho seja tecnicamente gerenciada por outra pessoa, os DBAs ainda são os responsáveis finais pelo sucesso das cargas de trabalho hospedadas pela nuvem. Sendo assim, é necessário estar sempre a par dos novos serviços e recursos, analisar a arquitetura recomendada e estar no controle da manutenção programada que possa afetar o desempenho dos aplicativos.

Resumindo, é essencial pensar na nuvem como uma parceria, trabalhando com o provedor de serviços para garantir que as necessidades da organização estejam sendo atendidas de acordo com o SLA.

Práticas recomendadas para o gerenciamento da nuvem do banco de dados
Migrar estrategicamente um banco de dados para a nuvem pode proporcionar ótimos resultados não só para a TI, mas também para os resultados financeiros da empresa. No entanto, os desafios associados a atingir esse objetivo e depois gerenciar os bancos de dados na nuvem podem ser um grande obstáculo para sua adoção. Para ajudar os DBAs a superar esses empecilhos e ter um banco de dados otimizado e bem-sucedido na nuvem, veja algumas das práticas recomendadas que se deve ter em mente:

  • A estratégia é a solução: Antes de migrar qualquer coisa para a nuvem (ainda mais uma infraestrutura complexa como o banco de dados), os DBAs devem parar e decidir fazer o lift-and-shift ou criar uma arquitetura de nuvem personalizada. Não existe uma resposta única, tudo depende das necessidades de cada organização depois de decidir qual caminho afetará de maneira menos negativa o desempenho do banco de dados. O aproveitamento de uma solução abrangente de monitoramento que cria métricas de desempenho de linha de base para todos os aplicativos e cargas de trabalho pode ajudar a orientar essa decisão. Além disso, um mapa realizado antes da transição ajudará a reduzir custos e dores de cabeça relacionados à carga de trabalho. Isso inclui ter um entendimento básico dos recursos e SLAs do provedor de serviços, bem como uma análise detalhada das agendas de arquitetura e manutenção recomendadas. E lembre-se: a nuvem não é uma solução definitiva. Um banco de dados com baixo desempenho no local terá um baixo desempenho na nuvem se a causa raiz não for solucionada.
  • Estabeleça uma relação de confiança com o provedor de serviços da nuvem: Conforme mencionado, a nuvem deve ser vista como uma parceria, na qual o departamento de TI interno e o provedor de serviços estão em sincronia, para que se obtenham os melhores resultados. No fim das contas, entretanto, o DBA ainda é responsabilizado quando as métricas de desempenho não são alcançadas. Por isso, é importante “confiar, mas verificar”, implementando o monitoramento de TI híbrida além do que é normalmente oferecido pelos provedores de serviço de nuvem. Isso garante que haja dados e visibilidade para entender realmente como as cargas de trabalho atuam na nuvem e os motivos para esse desempenho.
  • Obtenha uma visualização única: Os DBAs modernos precisam de ferramentas de gerenciamento e monitoramento abrangentes que forneçam um único painel de desempenho e a capacidade de fazer drill down em tecnologias de banco de dados e em métodos de implantação, incluindo a nuvem. Isso garantirá que as organizações não desperdicem orçamento valioso investigando um problema de desempenho de banco de dados com a solução errada. Com um conjunto de dados mais amplo e maior visibilidade, os DBAs de nuvem podem passar de um potencial problema de desempenho para outro mais rapidamente e diagnosticá-los e resolvê-los da forma correta.
  • Fique atento às mudanças: Agora, as atualizações de softwares e serviços são lançadas em um ritmo nunca antes visto, muitas vezes com pequenas novidades surgindo a cada dois ou três meses. O DBA precisa pensar criticamente sobre essas mudanças, bem como outras tendências no cenário de TI, perguntando-se constantemente: “isso é algo que possamos aproveitar? Se sim, esta é a escolha certa ou há opções melhores disponíveis?” O objetivo final precisa ser a melhor experiência geral para o negócio e os clientes. Isso pode significar que é hora de uma mudança, mas também pode significar que não é a hora certa.
  • Mude para uma mentalidade proativa: Em vez de apagar incêndios, os DBAs devem mudar para funções estratégicas projetadas para melhorar proativamente o banco de dados. Isso criará mais tempo para adquirir conhecimentos sobre novas tecnologias e reduzirá custos. Essa mentalidade proativa e voltada para o desempenho exige enxergar além do consumo de recursos e reduzir consultas a metodologias voltadas a desempenho, como análise de tempo de espera.

Considerações finais
A migração de qualquer coisa para a nuvem exige uma mudança na estratégia de monitoramento e gerenciamento e também demanda atenção a considerações fundamentais antes da migração. Em particular, os bancos de dados na nuvem apresentam aos DBAs diversos obstáculos que devem ser superados. Ao aproveitar as práticas recomendadas acima, os DBAs podem encontrar sucesso na nuvem.

*Thomas LaRock, Head Geek da SolarWinds

Disponivel em https://itforum365.com.br/tecnologias/cloud-computing/gerenciando-bancos-de-dados-na-nuvem-o-que-voce-precisa-saber

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